Pesquisar este blog

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Falar mais de uma língua pode evitar sequelas de AVC, sugere estudo



Falar mais de uma língua não traz apenas benefícios culturais. Segundo um estudo recente feito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, ser bilíngue pode ajudar pacientes a se recuperarem melhor de um AVC (acidente vascular cerebral).
A pesquisa foi feita com 600 pessoas que foram vítimas de AVC – o resultado mostrou que 40,5% das que falavam mais de uma língua ficaram sem sequelas mentais; entre as que falavam apenas uma língua, só 19,6% ficaram sem sequelas.
 
Os pesquisadores acreditam que o estudo, que foi financiado pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica, sugere que o desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar nossa reserva cognitiva – habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais, como AVC ou demência.
O estudo – divulgado na publicação científica American Heart Association - também levou em consideração idade dos pacientes, se eles eram fumantes ou não, se tinham pressão alta e se eram diabéticos.

Resultados

De acordo com os resultados da pesquisa, a habilidade bilíngue teria um papel "protetor" no desenvolvimento de qualquer disfunção cognitiva após um AVC.
É a primeira vez que se faz um estudo estabelecendo uma relação entre o número de línguas que um paciente fala e as consequências de um AVC para as funções cognitivas.
"A porcentagem de pacientes com funções cognitivas intactas depois de um AVC representava mais que o dobro em pessoas bilíngues em comparação com aquelas que só falam uma língua", diz a pesquisa.

"Em contraste, pacientes com disfunções cognitivas eram muito mais comuns entre os que só falavam uma língua."
 
Aprender outras línguas é algo que exige uma "ginástica" do cérebro, e vários estudos científicos já mostraram que falar muitos idiomas pode melhorar a atenção e a memória, formando uma "reserva cognitiva" que atrasa o desenvolvimento da demência, por exemplo.
 
"O bilinguismo faz com que as pessoas mudem de uma língua para outra, então quando eles inativam uma língua, eles precisam ativar a outra para poderem se comunicar", explicou Thomas Bak, um dos autores do estudo na Universidade de Edimburgo.
 
"Essa troca oferece um treinamento cerebral praticamente constante , o que pode ser um fator relevante para ajudar na recuperação de um paciente que teve um AVC", finalizou.
 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A origem do mito Sexta-Feira 13

 
friday 13th
 
Depois dos últimos acontecimentos em Paris, a sexta-feira treze voltou a ficar em evidência.
 
 A título de curiosidade, pesquisei sobre o assunto e compartilho com vocês.
 
A Sexta-feira no dia 13 de qualquer mês é considerada popularmente como um dia de azar.
O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.
 

História

A superstição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo.
 
Em algumas culturas ele pode ter sido considerado número de sorte. Para os egípcios, a vida era composta por 12 diferentes estágios para que o ser humano alcance o 13º, que era a vida eterna. Dessa forma, o número 13 foi assimilado com a morte, mas não com uma conotação negativa, mas como uma gloriosa transformação. Essa ligação com a morte permaneceu e foi distorcida por outras culturas que nutriam o medo da morte e não a viam como algo presente no destino de qualquer vida. A sexta-feira recebeu seu nome em inglês em homenagem a Frigga, a deusa nórdica do amor e do sexo.  Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Frigga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.
 
O calendário antigo representava o calendário lunar, possuindo 13 meses de 28 dias. Mas este número foi completamente renegado pelos sacerdotes das primeiras religiões patriarcais por representar o feminino nas culturas pré-históricas, já que refletia o ciclo menstrual das mulheres. Foi, então, alterado pelo Papa Gregório XIII para 12 meses, evitando que se continuasse cultuando a mulher como sagrada.
 
Resultado de imagem para sexta-feira 13
 
Existem histórias remontadas também pela mitologia nórdica.  Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.
 
Com relação à sexta-feira, diversas culturas a consideram como dia de mau agouro:
  1. Alguns pesquisadores relatam que o grande dilúvio aconteceu na sexta-feira.
  2. A morte de Cristo aconteceu numa sexta-feira conhecida como Sexta-Feira da Paixão.
  3. Marinheiros ingleses não gostam de zarpar seus navios à sexta-feira.
No cristianismo é relatado um evento de má sorte em 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.
 
Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.
Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio. O número 13 costumava ser considerado uma ligação com Deus, daí a quantidade de membros presentes na Santa Ceia.
 
Curiosamente, na tradição da Itália, a sexta-feira 13 não é considerada um dia de azar. Na verdade, o 13 era muitas vezes visto como um número de sorte por lá até muito recentemente, quando a influência da Europa Ocidental e dos EUA começou a mudar isso.
 
Para os italianos, classicamente, 17 é o número de azar; portanto, sexta-feira 17 tornou-se a versão italiana da sexta-feira 13. Henry Sutherland Edwards era britânico; embora escrevesse sobre um compositor italiano, ele aplicou sua própria superstição em Gioachino Rossini.
 
A noção de sexta-feira 13 ser o mais azarado dos dias ganhou fôlego a partir dessa ideia de combinar dois símbolos de azar. No início do século XX, surgiram inúmeros casos documentados de pessoas referenciando-o desta forma. Por exemplo, há o romance de 1907 escrito pelo corretor de ações Thomas W. Lawson chamado Sexta-Feira 13, sobre os esforços de um corretor para destruir o mercado de ações naquela data sinistra.
 
Mas, além da popular franquia de filmes “Sexta-Feira 13″, o que faz com que essa superstição continue teimosamente em nossa consciência coletiva? Psicólogos apontam para o fato de que, se algo negativo acontece na sexta-feira 13, as pessoas fazem uma associação permanente entre o evento e a data em suas mentes. No entanto, se uma sexta-feira 13 passar sem problemas, as pessoas esquecem. Em suma, é um exemplo clássico de viés de confirmação.
 
Em muitos países onde a influência espanhola é predominante, ao invés de sexta-feira 13 ser azarada, é a terça-feira 13 que mantém essa honra.
 
 

Pilates com Humor! Foca