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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Crianças com autismo têm níveis elevados de metais tóxicos no sangue e na urina - diz pesquisa

James Adams, líder da pesquisa, conversa com aluna em seu laboratório de pesquisa na Arizona State University

James Adams, líder da pesquisa, conversa com aluna em seu laboratório de pesquisa na Arizona State University.
 
 
Descoberta indica que redução da exposição precoce a metais como chumbo e mercúrio pode melhorar sintomas da doença

Pesquisadores da Arizona State University, nos EUA, descobriram que crianças com autismo têm níveis mais elevados de vários metais tóxicos no sangue e na urina em comparação com crianças saudáveis.
Os resultados revelam que o grupo com autismo tinha níveis mais elevados de chumbo nas células vermelhas do sangue e níveis urinários mais elevados de chumbo, tálio, estanho e tungstênio.
O chumbo, tálio, estanho e tungstênio são metais tóxicos que podem prejudicar o desenvolvimento e a função do cérebro, e também interferir no funcionamento normal de outros órgãos e sistemas.
O estudo envolveu 55 crianças com autismo com idades de cinco a 16 anos comparadas com 44 controles da mesma idade e sexo.
A equipe realizou uma análise estatística para determinar se os níveis de metais tóxicos foram associados com a severidade do autismo, utilizando três diferentes escalas de gravidade. Verificou-se que 38 a 47% da variação da gravidade autismo foram associadas com o nível de vários metais tóxicos, em especial cádmio e mercúrio.
"Nós supomos que a redução de exposição precoce a metais tóxicos pode ajudar a melhorar os sintomas de autismo, e tratamento de remoção de metais tóxicos pode reduzir os sintomas da doença. Essas hipóteses precisam ser mais exploradas, já que há um crescente corpo de pesquisa para apoiá-las", afirma o líder da pesquisa James Adams.


Fonte: isaude

Você sabe o que é Síndrome do Coração Partido?














Quem nunca ouviu a frase: “Fiquei com o coração partido após aquela discussão?” Pois saiba que um estresse emocional (discussões, perda de um ente querido) ou físico (cirurgia, pneumonia) podem literalmente levar a este mal.
 
 
Descrita em 1990, no Japão, a Síndrome de Tako – Tsubo, conhecida como Síndrome do Coração Partido, é definida como uma disfunção transitória e segmentar do ventrículo esquerdo na ausência de coronariopatia obstrutiva. Ou seja: simula um infarto agudo do miocárdio, porém sem entupimento nas artérias coronárias, e o dano que o coração sofre é reversível, diferentemente do infarto do miocárdio clássico, no qual placas de gordura entopem as coronárias e uma parte do músculo cardíaco fica inviabilizado.
Em virtude do estresse, ocorre liberação de catecolaminas, como a adrenalina, responsáveis pela disfunção cardíaca da Síndrome de Tako – Tsubo. As manifestações clínicas são muito semelhantes aos casos clássicos de infarto do miocárdio. A maior parte dos pacientes apresenta dor precordial ou falta de ar, porém alguns casos podem vir acompanhados de arritmias, choques e desmaios.
Ocorre com maior frequência em mulheres acima de 60 anos (geralmente pós-menopausa) e corresponde em torno de 1% a 2% de todos os casos de síndrome coronariana aguda.
Apesar da imagem característica da Síndrome de Tako – Tsubo ser obtida pelo cateterismo cardíaco, o ecocardiograma é um excelente método que contribui não só para o diagnóstico, mas também para o acompanhamento da alteração cardíaca.
O prognóstico é bom, com baixa incidência de complicações e grande possibilidade de recuperação completa da função cardíaca. A mortalidade hospitalar gira em torno de 1% e a recorrência ocorre em menos de 10% dos pacientes.
 
 
 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O que é Doença Celíaca?

 
 
 
 
A doença celíaca, também conhecida como enteropatia glúten-sensível é um caso de doença autoimune que afeta o intestino delgado de adultos e crianças geneticamente predispostos.
Esta doença é precipitada pela ingestão de alimentos que contêm glúten, causando atrofia das «vilosidades» da mucosa do intestino delgado (que têm a função de aumentar a absorção dos nutrientes, podendo ser chamadas de dobras dos intestinos) com prejuízo na absorção dos nutrientes, vitaminas, sais minerais e água.
A sua prevalência na população europeia situa-se entre os 0,5 e os 1 por cento, com um rácio mulher/homem de 3:1. O quadro clínico de sintomas baseia-se nas alterações gastro - intestinais, combinando-se para formar o alerta para a eclosão da doença.
Destes sintomas destacamos a diarreia crónica com esteatorreia (formação de fezes volumosas, acinzentadas ou claras, geralmente com cheiro forte, que flutuam na água e têm aparência oleosa, ou são acompanhadas de gordura que flutua no vaso sanitário), cólicas abdominais, síndrome de má absorção e anemia ferropênica.
Outros sintomas a serem levados em conta são a palidez, atrasos de crescimento, défice ponderal (peso), astenia (fraqueza) e alopécia (a redução parcial ou total de pelos ou cabelos em uma determinada área de pele).
Outro conjunto de sintomas também pode denunciar a Doença Celíaca como, neuropatia, estomatite aftosa (mais conhecidas como aftas), osteoporose, insuficiência gonâdica (infertilidade e ausência de menstruação), ausência de definição de caracteres sexuais e secundários, dermatite herpétiforme, cãibras e tetania (espasmos involuntários dos músculos).
 
Por Germano de Sousa
 
 
 
 
Breve Histórico da Doença

Há milhares de anos, os povos verificaram que era possível semear a terra e obter colheitas de cereais diversos, entre eles o trigo, conhecido na fabricação de um dos mais antigo dos alimentos, o pão. A partir daí, o seu rendimento era tal, que lhes permitiu viverem no mesmo local sem a necessidade de andarem constantemente à procura de alimentos. Uma conseqüência desta descoberta, foi a civilização, e outra foi o risco de se ter a Doença Celíaca. No século II, um grego, Aretaeus da Capadócia descreveu doentes com um determinado tipo de diarréia, usando a palavra "Koiliakos" ( aqueles que sofrem do intestino ). Tudo leva a crer que já naquela época ele se referia àquela doença que em 1888, Samuel Gee, um médico pesquisador inglês descreveu em detalhes, achando que as farinhas poderiam ser as causadoras da moléstia. Gee designou-a por "afecção celíaca", aproveitando o termo grego, e, em seus escritos previa com grande intuição que "... controlar a alimentação é parte principal do tratamento ... a ingestão de farináceos deve ser reduzida ... e se o doente pode ser curado, há de sê-lo através da dieta ...".

A Guerra ajudou na descoberta

Durante a 2ª guerra mundial, o racionamento de alimentos imposto pela ocupação alemã, reduziu drasticamente o fornecimento de pão à população holandesa. Em 1950, o Prof. Dicke, pediatra holandês de Utrech, verificou que as crianças com "afecção celíaca" melhoraram da sua doença apesar da grave carência de alimentos. Associou então este fato, com o baixo consumo da dieta em cereais.

 
A Engenharia oficial e a ousadia

Charlotte Anderson, de Birmingham, demonstrou finalmente mais tarde por trabalhos de laboratório, que o trigo e o centeio continham a substância que provoca a doença: o Glúten. J.W.Paulley, médico inglês, observara entretanto num "celíaco operado", que a sua mucosa intestinal não tinha o aspecto habitual, e este fato extremamente importante e confirmado por outros pesquisadores, passaram a permitir um diagnóstico com bases mais seguras. A importância desta descoberta aumentou, quando um oficial americano, Crosby, e um engenheiro, Kugler, desenvolveram um pequeno aparelho com o qual de podiam efetuar biopsias do intestino sem necessidade de operar o doente. Este aparelho, hoje com pequenas modificações, ainda é usado para se fazer o Diagnóstico da Afecção Celíaca, da Celiaquía, da Enteropatia sensível ao glúten, do sprue celíaco, sprue não tropical, entre outros nomes que recebeu, enquanto pesquisadores se convenciam de que se tratava da mesma doença.

 
Mais informações no site:
 
 
 
 

Water Discus: o incrível hotel submarino de Dubai

Water Discus: o incrível hotel submarino de Dubai


A cidade/estado de Dubai, nos Emirados Árabes, tem reinado no campo das excentricidades imposssíveis com a extravagância que só uma forte indústria petrolífera é capaz de engendrar.
Water Discus, projeto nascido da tecnologia desenvolvida pela empresa polonesa Deep Ocean Technology, integra a lista de projetos arquitetônicos futuristas que mais parecem saídos de um filme de ficção científica.
Trata-se de um hotel anfíbio, formado por dois “discos”: um submerso, instalado a dez metros da superfície do oceano, e outro acima do nível do mar. A ideia da composição é que os hóspedes desfrutem das profundezas do mar e também do clima quente da superfície.

Water Discus: o incrível hotel submarino de Dubai



Water Discus: o incrível hotel submarino de Dubai


Segundo o material de divulgação, suas cinco “pernas” sólidas são fixadas no fundo do mar, e a localização do disco superior garante a segurança do hotel durante um possível tsunami. Em caso de perigo iminente, a nova tecnologia permite que o disco submarino flutue.
O hotel também conta com sistemas de recepção de alertas de terremotos e veículos submarinos operados por controle remoto. Cada um dos discos que rodeiam o complexo (restaurantes, um spa e uma área de recreação) são capazes de flutuar de forma independente, o que significa que podem ser desacoplados do corpo principal para funcionar como veículos salva-vidas em caso de inundação.
 
 
 
Water Discus: o incrível hotel submarino de Dubai
 
 
Embora pareça uma proposta que jamais verá a luz do dia, a empresa Drydocks World, que controla estaleiros em Dubai, assinou uma carta de intenções com a Big Invest Consult AG (que representa a Deep Water Technologies) para obter a exclusividade de construção de hotéis e cidades flutuantes com essa tecnologia no Oriente Médio.
Recentemente, a Deep Water Technology iniciou a construção de um primeiro protótipo em Skwer Kościuszki, na costa da Polônia.
 
 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Cuba desenvolve nova vacina contra o câncer de pulmão




Havana - Uma segunda vacina contra o câncer de pulmão avançado foi aprovada pelas autoridades sanitárias de Cuba depois de ser testada em 86 países durante 2012, informou a imprensa cubana.
"A vacina para o tratamento de câncer de pulmão Racotumomab foi registrada em Cuba, o que beneficiará pacientes portadores deste mal", informou a agência agência cubana Prensa Latina.
 
Leia a matéria acessando o link abaixo:
 
 
Leia mais sobre o assunto acessando:

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Romã é aliada em potencial na prevenção da doença de Alzheimer




Da Assessoria de Imprensa da Esalq

Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, a pesquisadora do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), Maressa Caldeira Morzelle, com a orientação da Professora Jocelem Mastrodi Salgado, realizou uma pesquisa com resíduos de romã e constatou sua potencialidade como aliado na prevenção da doença de Alzheimer.
O mal de Alzheimer, uma doença degenerativa e atualmente incurável, atinge na maioria dos casos, idosos com idade entre 60 e 70 anos. Para tanto, compreendendo que em nosso país cerca de 900 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença, diversas pesquisas para os avanços nas formas de tratamento e amenização da doença são desenvolvidas.
Inúmeros estudos indicam que, entre pessoas que consomem frutas e verduras regularmente, é raro o diagnóstico de doenças degenerativas decorrentes da idade avançada.
De acordo com a pesquisa, apenas na casca da fruta é possível encontrar mais antioxidante do que em seu suco e sua polpa, e os antioxidantes são essências para a prevenção contra os radicais livres que matam as células do nosso corpo, o que acarreta em doenças degenerativas em geral.
 
Mais informações: site www.esalq.usp.br
 
Fonte: USP

XTend Barre combina Ballet e Pilates



Bailarinos profissionais e amadores podem se beneficiar da prática do Pilates, que garante força muscular, flexibilidade, bom alinhamento, controle, precisão dos movimentos e fluência entre eles. No início de sua história, o Pilates foi adaptado para os movimentos do ballet com o intuito de melhorar a performance e prevenir lesões ocasionadas pela dança.
É comum a ideia de se aliar as duas modalidades, trabalhadas paralelamente, a fim de conferir estabilidade aos movimentos e melhorar os resultados no palco. Mas, uma nova modalidade surgiu há alguns anos, nos Estados Unidos, pelas mãos de Andrea Rogers: o XTend Barre. Mais suave do que as ginásticas convencionais, o XTend combina a técnica do ballet ao método de Pilates, dando origem a uma terceira atividade que tem conquistado mulheres acima de 20 anos em busca de mais feminilidade.
O XTend Barre usa elementos do ballet, como os pliés, elevés e derrièrres, além da barra em frente ao espelho. Mas nem por isso a aula é parada. Pelo contrário, a dinâmica é imposta pela música de batida forte e pela exigência de resistência muscular, pois trabalha com movimentos repetidos e, muitas vezes, executados com o uso de pesos e com o auxílio de mats e as tiras conhecidas do Pilates para manter a postura correta.
 
 
Confira o XTend Barre no vídeo de Andrea Rogers, a criadora da modalidade (em inglês):
youtube


Fonte: revistapilates

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

MITOS & VERDADES em Reumatologia

No intuito de prestar um serviço de orientação e esclarecimento, a Sociedade Brasileira de Reumatologia listou alguns mitos e descreve a realidade a respeito dos fatos.





Mito:

"Reumatismo é doença de velho".


Fato:

Em primeiro lugar o termo “reumatismo” é um termo popular consagrado para se referir a alguma das muitas doenças que podem ter manifestações no sistema músculo esquelético. Além disso estas doenças podem ocorrer em qualquer faixa etária.

 
Mito:

"Reumatismo ataca no frio".


Fato:
O ambiente mais frio apenas aumenta a sensibilidade e a percepção dolorosa levando o paciente a acreditar que a doença “atacou” por causa do frio.


Mito:

"Reumatismo no sangue".

Fato:

Este é uma expressão criada há muitos anos pelos próprios médicos para aqueles pacientes com dor e alguma alteração nos exames laboratoriais (“exames de sangue”) sem que necessariamente houvesse doença.


Mito:

"Exames para reumatismo".

Fato:

O termo “reumatismo” é vago como já foi mencionado acima. Os exames, quando solicitados, levam em consideração a queixa e o exame físico de cada paciente. A grande maioria deles é inespecífica e devem ser analisados com muito cuidado. Além disso muitos destes exames podem estar alterados em indivíduos saudáveis.


Mito:

"FAN positivo, o paciente tem lupus".

Fato:

Este exame laboratorial geralmente é positivo no lupus eritematoso sistêmico. Contudo também pode estar presente em várias outras doenças, pelo uso de determinados medicamentos e até mesmo em pessoas saudáveis.

 
Mito:

"Fórmula para reumatismo".


Fato:

Isto não exite. Cada doença tem seu esquema terapêutico definido. Esta tal “fórmula” geralmente consiste num coquetel de drogas com efeito paliativo e freqüentemente associado a uma grande quantidade de efeitos colaterais.


Mito:

"Dor nas articulações significa reumatismo".


Fato:

Dor articular é uma manifestação clínica como outra qualquer. Pode estar presente em diversas patologias sem qualquer relação com “reumatismo”.


Mito:

"Alimentos ácidos aumentam o ácido úrico".


Fato:
O ácido úrico é um produto do metabolismo de uma variedade de proteínas chamada purinas. Já os encontrados em frutas e alimentos são o ácido cítrico, o ácido ascórbico e o ácido acético. Tem em comum apenas o fato de serem ácidos.


Mito:

"ASLO elevado indica reumatismo".


Fato:

Este exame laboratorial apenas indica presença de anticorpos contra uma bactéria chamada Streptococo. Pode estar elevado na maioria das infecções respiratórias, inclusive uma simples gripe, e permanecer elevado por muitos meses.
 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Breve trajetória do Carnaval




Embora tenha anos de tradição no Brasil e no mundo, o carnaval não começou com escolas de samba desfilando pelas ruas e mulheres bonitas sambando com fantasias superproduzidas. A história da festa que hoje mobiliza milhares de pessoas durante o ano tem início controverso: alguns dizem que já existiam comemorações parecidas nas sociedades greco-romanas e egípcias da antiguidade, e outros argumentam que o verdadeiro carnaval nasceu na Idade Média, com o surgimento da Quaresma criada pela igreja Católica.
Segundo o pesquisador Felipe Ferreira, autor de "O livro de ouro do carnaval brasileiro", as comemorações pagãs antes de Cristo foram precursoras de todo tipo de festa pública e não apenas do carnaval. Em seu livro, ele escreve que as festas em homenagem à deusa Isis ou ao deus Baco, por exemplo, incluíam pessoas mascaradas, bebidas e outros excessos. Mas foi só nos primeiros séculos da era cristã que há relatos mais detalhados de festas que juntam máscaras, fantasias e desfiles.
Segundo ele, nesse sentido, o conceito de carnaval é duplo, podendo significar tanto um espírito festeiro, que pode se manifestar em qualquer época do ano, quanto o carnaval em si. “Em suma, no carnaval existe carnavalização, mas nem toda carnavalização é um carnaval”, escreve.


'Bota-fora' para a Quaresma

No ano de 604, o papa Gregório I definiu que, num período do ano, os fiéis deveriam se dedicar exclusivamente às questões espirituais. Seriam 40 dias em que se deveria evitar sexo, carnes vermelhas e festas. Quase quinhentos anos depois, a irmandade católica definiu as datas oficiais da chamada 'Quaresma', e o primeiro dia dela se chamaria ‘quarta-feira de cinzas’.
Aconteceu que os dias antes dessa quarta-feira começaram a ser de intenso consumo de carnes, bebidas e de festa. A esse período deu-se o nome de ‘adeus à carne’, ou ‘carne vale’ em italiano, que, depois, passou a ser ‘carnevale’. A palavra virou sinônimo do que seria uma espécie de antônimo da Quaresma. “As ruas enchiam-se de gente fazendo tudo aquilo que não se devia ou não se podia fazer durante o resto do ano. [...] O que dava o caráter especial ao carnaval era a grande concentração de brincadeiras num mesmo período, a proximidade com a longa abstinência com a Quaresma e o fato de a coisa toda ter dia e hora marcados para acabar”, escreve Felipe Ferreira.
Os dias de festa antes da Quaresma passaram a ser apoiados, embora não oficialmente, pela própria igreja, que dessa maneira podia cobrar mais rigor religioso no perído pós-folia.


Carnaval de Veneza tem tradição de máscaras



Durante a Idade Média, o 'bota-fora' para a Quaresma tinha máscaras e fantasias. As mais comuns eram de urso e de homem selvagem. Em peças teatrais, que se tornaram uma das principais atrações das comemorações carnavalescas, o 'Senhor Carnaval' lutava contra a 'Dona Quaresma'. Nessa época, os jovens eram os grandes organizadores das brincadeiras de carnaval, formando grupos (as 'sociedades alegres') e se apresentando na cidade.


Carnaval virou chique em Paris

Com o passar do tempo, as festas antes da Quaresma tornaram-se mais elaboradas e elitizadas. Em Veneza, por exemplo, a temporada passou a começar no início de janeiro. No período iluminista, até óperas celebravam o carnaval italiano e os mascarados andavam por toda a parte de Veneza. Na França, o rei Luis XIV comandava ele mesmo bailes nos salões reais.
Mas a invenção do carnaval como o conhecemos hoje, com bailes e desfiles de fantasiados, aconteceu na Paris do séc XIX, mais precisamente em 1830. “Os donos do poder parisiense rapidamente perceberam os prazeres e as lucrativas negociações que poderiam resultar das festas carnavalescas” escreveu Felipe Ferreira.
A burguesia parisiense passou a patrocinar os maiores bailes a fantasia da temporada e surgiu a noção de mistura entre as classes sociais. Foi esse modelo de carnaval que mais tarde seria adotado no Brasil.





No Brasil

Os festejos nos dias que antecediam a Quaresma no Brasil recém-colonizado aconteciam da maneira lusitana. As brincadeiras se chamavam 'entrudo' e consistiam em jogar água, pós, perfumes e outros líquidos, ovos, sacos de areia, entre outras coisas sobre os pedestres. A brincadeira era considerada violenta e chegou a deixar mortos no país.
"Isso mudou no começo do século XIX, quando o país foi se tornando mais desenvolvido, e quis se livrar do passado português. Uma das formas de se distanciar da ex-metrópole era acabar com esse costume do entrudo, que era considerado ultrapassado, selvagem e grosseiro. Para isso, a burguesia do Rio de Janeiro procurou um modelo sofisticado de carnaval, que na época era o de Paris, com bailes e desfiles de carruagens", explicou por telefone ao G1 Felipe Ferreira.
Mas, segundo ele, essa presença de um novo tipo de carnaval, ao invés de acabar com as festas de rua, com o 'entrudo', fez uma mistura que não é nem só da elite nem só popular. "Começam a surgir formas de organização variadas como blocos, clubes, cordões e ranchos, que vão fazer com o que o carnaval carioca, que influencia o carnaval do Brasil todo, fique diferente dos carnavais de qualquer outro país", diz Ferreira.




G1/45 graus
 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

AZEITONAS E AZEITE NA PREVENÇÃO DA PERDA DE MASSA ÓSSEA




A ingestão de cálcio foi, por muito tempo, citada como a grande responsável pelo combate à osteoporose, doença que fragiliza os ossos e abre riscos de fratura. Mas agora se sabe que há um outro aliado nessa batalha, presente no azeite de oliva extravirgem e na azeitona. Trata-se da oleuropeína, que foi alvo de um estudo da Universidade de Córdoba, na Espanha, cujo resultado revelou que essa substância aumenta a quantidade de osteoblastos, justamente as células que fabricam ossos novos e que, em pessoas mais idosas, têm produtividade reduzida.

Conforme explica a reumatologista Vera Lúcia Szejnfeld, membro da Comissão de Osteoporose da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a azeitona tem alto teor de ácidos graxos monoinsaturados e possui diversos minerais em sua composição, como cálcio, fósforo, potássio, magnésio, enxofre e cloro. “E é também rica em polifenóis, substâncias químicas vegetais com fortes propriedades antioxidantes”, adiciona Vera. A oleuropeína é o principal composto fenólico presente nas folhas e no fruto da oliveira, continua.

Ao prevenir oxidações biológicas, os polifenóis, entre os quais a oleuropeína, reduzem a formação de radicais livres. “E são estes que causam dano celular, inclusive aos osteoblastos, tornando-se os grandes vilões do envelhecimento e das doenças crônico-degenerativas, como a osteoporose”, assinala a reumatologista.

A possibilidade de combater a osteoporose ingerindo azeitonas ou utilizando algumas colheres de azeite de oliva parece muito atraente, no entender de Vera. “Mas é importante ressaltar que todos esses estudos foram realizados em animais de laboratório e, até o momento, não há evidências de que isso realmente ocorra em seres humanos”.

De qualquer forma, a especialista cita outras pesquisas que mostraram ser a incidência de osteoporose na Europa mais baixa nos países mediterrâneos. “Entre os fatores ambientais que poderiam justificar essa diferença encontra-se a tradicional dieta do Mediterrâneo, rica em frutas e vegetais e associada à alta ingestão de azeitonas e azeite”, sublinha. Nesses países, estima-se que a ingestão de azeite de oliva varie entre 30 g e 50 g diários por pessoa, ou seja, aproximadamente 1,16 mg de oleuropeína/dia.

Contudo, outros fatores podem influenciar o tecido ósseo, como características genéticas, exposição ao sol, atividade física e hábitos de vida. “Por isso, não parece prudente responsabilizar apenas a dieta mediterrânea pelas diferenças de densidade óssea encontradas nas diversas populações”, observa Vera.

Mesmo assim, vale a pena acrescentar o azeite e a azeitona ao cardápio. “A ingestão moderada desses alimentos, além de ter ação anti-inflamatória e antioxidante, possivelmente exerce alguma influência sobre o tecido ósseo, aumentando a formação óssea e reduzindo o acúmulo de gorduras na medula”, sustenta a médica.

O único cuidado atende pelo nome de parcimônia no consumo. A principal restrição nutricional do fruto da oliveira decorre de seu método de conservação, que usa salmoura, o que aumenta muito seu teor de sódio. “Por isso, a azeitona deve ser consumida com moderação, principalmente por pacientes hipertensos”, afirma Vera. A recomendação da reumatologista é comer 50 gramas, ou 10 unidades, por dia.

Outro senão está no valor calórico. A cota diária de azeitonas sugerida pela médica tem 110 calorias e uma única colher de sopa de azeite de oliva (10 g) soma 90 calorias. Parece pouco, mas, se uma salada for regada com cinco colheres de sopa de azeite, serão nada menos que 450 calorias a mais numa única refeição. A ideia é boa, porém pede cautela.
 
 
Provável ação da oleuropeína sobre a célula progenitora presente na medula óssea
Provável ação da oleuropeína sobre a célula progenitora presente na medula óssea
 
 
Fonte: reumatologia.com.br / imagem internet
 
 

Os vilões do nervo ciático

Pessoa idosa com dores no nervo ciatico



Excesso de peso, falta de exercício físico e o hábito de permanecer muitas horas sentado de forma incorreta prejudicam o alinhamento adequado da coluna vertebral e podem causar dores que se irradiam da região lombar, passando para a região glútea, posterior da coxa, e chegando aos membros inferiores. “A coluna se estabiliza com ajuda da musculatura paravertebral e abdominal. Quando há fraqueza nessa musculatura, a estabilização fica prejudicada, podendo sobrecarregar os discos entre as vértebras. A obesidade e o sedentarismo podem piorar o quadro”, afirma o Dr. Mário Ferretti Filho, ortopedista e gerente médico do Programa de Ortopedia e Traumatologia do Einstein.
“O ciático é o maior nervo que temos no corpo humano, é a junção de todas as raízes nervosas do plexo lombar. A dor ciática pode ser causada pela inflamação desse nervo ou por compressão de alguma raiz nervosa do plexo lombar, que pode ser causada por diversas condições”, explica Dr. Marcelo Wajchenberg, ortopedista do Einstein.
Essa dor pode começar como um formigamento leve e aumentar de intensidade progressivamente ou aparecer de forma abrupta, como agulhadas. Tende a piorar ao se tentar esticar os membros inferiores. Essa sensação pode aparecer em ambas as pernas, embora seja mais frequente o acometimento de apenas um dos lados. “Na base da coluna, os nervos se dividem para a esquerda e direita e alcançam os membros inferiores. Quando um lado dói, pode-se dizer que há compressão de apenas um dos lados”, esclarece Dr. Marcelo.
Os especialistas ressaltam ainda que a dor no ciático por si só não é uma doença, mas o sintoma de outros problemas, sendo o principal deles a hérnia de disco. Nesse caso, a dor pode ter início súbito e levar à limitação funcional, ou seja, reduzir a capacidade de movimentação da pessoa, principalmente na hora de andar. “Determinadas doenças da bacia e alterações anatômicas na origem das raízes nervosas também podem causar processos inflamatórios do nervo e consequentes dores”, afirma Dr. Marcelo.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito principalmente por meio do relato do paciente e pelo exame físico adequado. Dessa forma é possível delimitar o trajeto da dor e perceber qual nervo está sendo machucado. “Identificar corretamente a causa é muito importante na definição do tratamento, que deve ser específico e personalizado”, afirmam os ortopedistas.
O exame físico para avaliação da dor ciática se chama manobra de Lasègue: a pessoa é colocada deitada e uma das pernas é elevada, mantendo-a estendida. Além disso, é importante realizar um exame neurológico de sensibilidade e motricidade a fim de avaliar a extensão do acometimento neural. O médico pode pedir também uma ressonância magnética, que tem sensibilidade e especificidade bastante alta, revelando as possíveis compressões do nervo. Neste caso, além da coluna, também é possível verificar a bacia a fim de identificar possíveis alterações que levem à dor.
 
 
Infográfico sobre os nervos do corpo humano
 
O tratamento mais comum é conservador e varia de acordo com a causa, os sintomas apresentados e a intensidade da dor. O repouso relativo é geralmente indicado. “A pessoa pode se movimentar, ir trabalhar, mas deve evitar carregar peso, fazer muito esforço ou ficar muito tempo sentado”, indica Dr. Mario. Dependendo do caso, o médico pode receitar analgésicos e anti-inflamatórios, além de sessões de fisioterapia. Orientar o paciente com relação à postura também é parte essencial do tratamento e ajudará na prevenção de novas crises. A acupuntura pode ser uma aliada no alívio das dores, conforme já comprovado em pesquisas científicas.
Segundo os especialistas, com o procedimento adequado, a dor tende a melhorar em 15 dias. “É importante procurar um atendimento médico e nunca se automedicar. Muitas pessoas evitam este atendimento por acreditar que a dor vai passar, vai melhorar. Mas ninguém deve esperar a dor piorar para procurar um médico. Assim que tiver um sintoma, procure o atendimento apropriado”, ressalta o Dr. Marcelo.
Se não tratada corretamente, essa condição pode evoluir, tornar-se incapacitante, e levar a distúrbios neurológicos como perda da sensibilidade e da função motora. Caso o tratamento clínico não seja suficiente e haja compressão importante dos nervos, com comprometimento neurológico, é possível optar pela cirurgia. No entanto, os médicos ressaltam que essa medida é indicada para apenas 10% dos casos, já que a grande maioria responde bem ao tratamento convencional.

Prevenção

Prevenir a dor ciática é possível com medidas simples, como praticar exercícios físicos regularmente – a Organização Mundial de Saúde indica 30 minutos diários de atividades –, controlar do peso, alongar-se e fortalecer a musculatura da região lombar e da região posterior da coxa. Além disso, corrigir a postura e evitar ficar muito tempo sentado na mesma posição pode contribuir positivamente para a saúde da coluna vertebral, evitando dores.
 
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Soldado amputado dos EUA recebe duplo transplante de braços

Brendan Marrocco perdeu braços e pernas no Iraque (AP)

Brendan Marrocco, um soldado dos Estados Unidos que perdeu os quatro membros na Guerra do Iraque, recebeu um raro duplo transplante de braços.
 
Marrocco, de 26 anos, foi ferido por uma bomba em uma estrada no Iraque, em 2009.
A cirurgia durou 13 horas e foi realizada no Johns Hopkins Hospital, da cidade americana de Baltimore, nos Estados Unidos, em 18 de dezembro do ano passado.
Mas os detalhes só vieram à tona nesta terça-feira, durante uma entrevista coletiva realizada pela equipe cirúrgica.
Marocco foi o primeiro soldado americano a receber um duplo transplante de membros e a sétima pessoa nos Estados Unidos a ser submetido a este tipo de cirurgia no país.
Ao ser operado, Marrocco recebeu também um transplante de medula óssea do mesmo doador dos novos braços.
 

Rejeição

O procedimento se deu para auxiliar seu corpo a aceitar os novos membros e diminuir as chances de rejeição, reduzindo também, assim, a necessidade de tomar medicamentos - com fortes efeitos colaterais - para auxiliar na aceitação de órgãos.
A complexa operação envolveu mesclar músculos, ossos, vasos sanguíneos, pele e nervos do soldado e do seu doador, por vezes com o auxílio de um microscópio.
Segundo Andrew Lee, o médico que chefiou a equipe cirúrgica, pesquisas sugerem que, a despeito da enorme complexidade desse tipo de cirurgia, transplantes de órgãos tendem a ser mais bem-sucedidas entre pacientes mais jovens, na faixa dos 20 aos 30 anos, do que o implante de sofisticadas próteses - que, em muitos casos, acabam sendo descartadas mais tarde.
O militar foi o primeiro soldado entre os que combateram no Iraque e no Afeganistão a ter sobrevivido após perder quatro membros.
As Forças Armadas americanas estão financiando cirurgias como a realizada em Marrocco para auxiliar militares feridos em combate. Cerca de 300 militares americanos perderam braços ou mãos em conflitos recentes.
Em sua página de Facebook, ele se define como um ''guerreiro ferido...muito ferido'', mas o militar comenta que não se arrepende nem um pouco de ter combatido no Iraque.
Em sua conta de Twitter, Marrocco comentou que seus novos braços ''já estão se mexendo um pouquinho''.
 

bbc.co.uk


Veja também:
Fisioterapia com Você: O homem que salva faces

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Ong promove a relação sem conflitos entre muçulmanos e judeus por meio da gastronomia

Editora Globo
Alemian (de azul) e chefs do projeto. Com bom humor, eles dizem que só usam facas para preparar alimentos

 
Não só marido (ou esposa) se pode conquistar pelo estômago, como se diz por aí. Se depender do chef armênio Kevork Alemian, a paz no Oriente Médio também poderá ser pega pela barriga. Em 2001, ele fundou a ONG Chefs4Peace (chefs pela paz), que funciona como um bufê de jantares sob encomenda e escola de gastronomia para adolescentes. Mas o objetivo mesmo é promover a convivência pacífica entre judeus, muçulmanos e católicos por meio da comida.
A ideia nasceu quando Alemian esteve em um evento na Itália e viu dois chefs judeus e um católico preparando refeições harmoniosamente na cozinha. “Ali, não interessavam suas crenças, mas a comida que faziam.”
Hoje, a equipe do Chefs4Peace é formada por 20 cozinheiros de diferentes vertentes religiosas. Entre os integrantes, há chefs premiados como Moshe Basson, que tem um dos restaurantes mais badalados de Israel, The Eucalyptus. Eles se juntam para preparar refeições em eventos de empresas e entidades (já fizeram jantar até para a ONU) ou para resgatar receitas de referências bíblicas e da culinária judaica do Leste Europeu, além de pratos de influência árabe. Entre as matérias-primas mais usadas estão o pão e o sal, “os ingredientes da paz”, segundo Alemian, por terem um papel fundamental nas três religiões.
A ONG também promove tours gastronômicos pela Cidade Velha e mercado ao ar livre de Jerusalém e organiza aulas de culinária árabe e judaica para jovens. Em breve, terão escola própria, já em construção. “O objetivo é ter alunos das três religiões monoteístas para incentivar o convívio e a troca, não só de receitas, mas de pontos de vista.”
Alemian já tentou chamar representantes dos governos palestino e judeu para um jantar em que pudessem sentar juntos, mas não teve sucesso. “Políticos são políticos, e não podemos mudá-los”, afirma. “Mas as pessoas que vivem o dia a dia do conflito já não aguentam mais essa realidade e querem transformá-la.”
 
Confira as receitas feitas pelos "Chefs pela Paz".
 
 
 
 
Que bela iniciativa!