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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Fisiologia da Dor



Há duas vias  de processamento da dor, a nociceptiva e a neuropática.

A dor aguda

O corpo humano é dotado de estruturas sensíveis à dor, os nociceptores. Eles estão nas terminações nervosas das vísceras, músculos, ossos e pele e são ativados por estímulos de três tipos: os térmicos, (exemplo: queimadura), os químicos e os mecânicos.
No momento em que são ativados, os nociceptores transformam o estímulo doloroso em impulsos elétricos, que são transportados até a medula. É o início da via nociceptiva.
- se a lesão atingir diretamente um dos milhares de neurônios espalhados pelo organismo, o impulso elétrico será enviado pela medula, sem a intermediação dos nociceptores. A dor passa, então, a ser neuropática.
Na medula óssea, a transmissão do estímulo doloroso de um neurônio para outro é modulada pelos interneurôneos. A ação deles determina a intensidade de sensação de dor que é enviada para o cérebro.
Em resumo:
- A dor aguda é uma resposta a um estímulo doloroso
- Serve de sinal de alerta para o organismo
- Desaparece quando o estímulo doloroso cessa

A Dor Crônica

Estímulos persistentes na medula, como uma inflamação na articulação, ou de grande intensidade, como o trauma causado por uma cirurgia, podem provocar alterações nas células da medula. Com isso, os neurônios se mantém hiperativos e continuam enviando sinais de dor para o cérebro, mesmo sem a presença do estímulo doloroso.

Em resumo:
- A dor crônica ocorre sem que haja estímulo doloroso, como acontece com boa parte das lombalgias
- Não tem função nenhuma
- Persiste mesmo com a interrupção do estímulo doloroso e dura mais de três meses 


A dor aguda  é uma reação saudável, um mecanismo de proteção. A dor serve para avisar o organismo de que algo não vai bem. A dor crônica no entanto, é algo tão inútil como incômodo. Ela surge quando sinais muito intensos (a lesão causada por um acidente doméstico) ou intermitentes (a inflamação numa articulação) deixam de ser tratadas ou são tratadas inadequadamente. A dor crônica pode aparecer também em situações de stress profundo, como a morte de uma pessoa querida, por exemplo. A depressão, em 80% dos casos, está associada à dor física.
A grande dificuldade no tratamento da dor é que não há um parâmetro para a mensuração da dor, a não ser o relato do paciente. E cada pessoa experimenta a dor de maneiras diferentes. [Nós da área médica, geralmente usamos uma escala numérica para medir a intensidade da dor. Pedimos para o paciente dizer entre zero a dez, a dor que ele sente. Zero sem dor alguma, dez dor máxima].  As pesquisas demonstram que as mulheres são mais sensíveis que os homens e os asiáticos menos que os latinos.
Atualmente o tratamento disposto para o combate a dor pode controlar (se não curar) a maioria dos casos de dores crônicas. O tratamento pode incluir de remédios a cirurgias, a neuromodulação (impulsos elétricos capazes de aliviar a dor seja por meio de remédios ou por uma espécie de marcapassos) ou ainda a estimulação magnética transcraniana, que aguarda a finalização dos estudos para ser aplicada na população.

Fisioterapia com Você:  A fisioterapia dispõe de um arsenal para combater, seja a dor aguda como a dor crônica. Aparelhos para analgesia como Ultra Som, Ondas Curtas, TENS (aparelho de estimulação elétrica), bem como uma série de técnicas corporais como o RPG, PILATES, Cadeias Musculares, etc. são amplamente empregados para ajudar no combate as dores provenientes de diversas patologias. Lembrando sempre que: A Prevenção é o Melhor Remédio!

Fonte: Texto extraído da Revista Veja/agosto de 2011/imagens internet

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